segunda-feira, 22 de março de 2010

Serra, a defesa da hegemonia bandeirante contra o resto do Brasil.

Coluna da jornalista Inês Nassif, no Valor desta semana, perfura a cortina de fumaça dos ressentimentos e ambições pessoais que separam Serra e Aécio e ilumina a verdadeira trinca estrutural que atinge a coalizão demotucana, dificultando a própria composição de uma chapa com representante da plutocracia paulista na cabeça.
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Resumo da ópera: exceto sob Vargas, São Paulo quase sempre subordinou a federação a seus interesses, o que ocorreu de forma integral nos dois mandatos de FHC.
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Sobraram marcas de ressentimento e aprendizado. A plutocracia paulista tem hegemonia quando mandam os 'livres mercados' --leia-se, seus interesses hegemônicos. Perde espaço quando o planejamento estatal reacomoda interesses regionais e redistribui os benefícios dos fundos públicos, como ocorre agora com o PAC.
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Serra, independentemente do que ele diz que pensa, ou do que os seus amigos pensam que ele pensa, é o representante do conservadorismo paulista que não une o Brasil; aliás não une nem o PSDB paulista e mineiro.
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O 'desenvolvimentismo de boca' do governador de SP --ironia de Maria da Conceição Tavares-- na verdade nunca passou de um fiscalismo engajado na defesa da hegemonia bandeirante, contra as urgências do resto do Brasil."
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(Carta Maior e a difícil tarefa da coalizão demotucana de transformar um cavalo de tróia da hegemonia paulista em presidente de todos os brasileiros).

"E ainda tem gente que acha que, Zé Pedágio não representa o que há de mais atrasado na política do Brasil".

Agora é Dilma.

Fonte:"Carta Maior".
Com: Blog Democracia e Política e Blog do Cézar Miranda.

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