quarta-feira, 5 de maio de 2010

O tempo Fechou: Efraim Morais e Roberto Cavalcanti batem boca em comissão do Senado.

Os senadores paraibanos Efraim Morais (DEM) e Roberto Cavalcanti (PR) tiveram uma discussão áspera ontem à noite na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. A confusão começou por causa de um pedido de vista do democrata à Mensagem do Executivo que autoriza a contratação de operação de crédito externo, no valor de US$ 60 milhões entre o BNDES e o Nordic Investment Bank (NIB). Cavalcanti acusou o colega de usar o pedido de vista como barganha porque antes Eduardo Suplicy (PT-SP) hava impedido a votação do Projeto de Lei relatado por Efraim que estimula Arranjos Produtivos Locais.
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Vossa Excelência tem se sentido incomodado com o pedido de vista e de forma justa. Mas, tenho a dizer que minha pouca experiência faz com que eu desmascare vossa excelência no sentido de permitir que vossa excelência esteja votando contrário ao projeto, pedindo vista, atrapalhando o desenvolvimento nacional por um argumento que não tem nenhuma valia. O senador Efraim tem a técnica de levantar a voz. Vamos bater boca hoje aqui. Vossa excelência está certo em defender os pequenos municípios, mas está errado em barganhar - disse Roberto Cavalcanti.
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- Não vamos bater boca não. Peraí... - ponderou Efraim.
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- É barganhar, sim - devolveu Roberto.
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- Eu estou com a palavra. Ele devia respeitar. Barganhar o que? barganhar pelos pequenos? o sujeito vem aqui...- interferiu o democrata.
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- Não é pequeno contra grande, não, senador Efraim. É um projeto totalmente diferente - respondeu Cavalcanti.
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- Presidente, eu pergunto, de acordo com o regimento, eu tenho direito de pedir vista? - indagou Efraim Morais.
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- Total. Mas, pede vista por um posicionamento extremamente inoportuno - declarou Roberto.
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- Eu não sei porque. Não é somente uma semana a mais? O senador Eduardo Suplicy pediu vista ao meu projeto. Foi somente para barganhar? Quer dizer que a barganha é só minha?- questionou Efraim.
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- Peças as notas taquigráficas para ver o que vossa excelência disse. Estou usando o mesmo argumento que vossa excelência usou a vida toda: falar alto e gritar - queixou-se Roberto.
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- As notas taquigráficas não estão prontas, graças a Deus - ironizou o presidente da CAE.
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- Presidente, eu pergunto se um timbre de voz, um volume tem que ser respeitado nessa Casa. Tem que falar baixo, médio ou alto? Eu falo do jeito que eu quiser. É meu estilo. Ninguém vai me mudar nem me proibir - concluiu Efraim Morais.
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Comentário do blogueiro aqui: " Agora vai... Hahaha..." Sei não...
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Com: Blog do Cezar Miranda

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