segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O PiG e o Serra odeiam o ENEM por causa dos pobres.

O Estadão de hoje dedica a capa e duas páginas – A15 e A16 a desmoralizar o ENEM.
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Uma desmoralização arrasadora.
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É porque 0,04% dos alunos VOLUNTARIAMENTE inscritos na prova talvez venham a refazê-la, por causa de uma troca do cabeçalho de alguns cartões de resposta.
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0,04% !
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Que horror!
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Foram 4,6 milhões estudantes inscritos e talvez 2 mil tenham a possibilidade de refazer a prova.
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Ontem, o UOL e a Folhaonline bradaram o dia inteiro contra a “inépcia” do ENEM.
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A Folha (**), se entende.
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Ano passado, as provas vazaram da gráfica da Folha, que foi devidamente afastada da concorrência deste ano.
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O Estadão se acha na obrigação, todo ano, de desmoralizar o ENEM.
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Como fez no ano passado, com a divulgação do vazamento.
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Por que o Estadão, a Folha (**) e o Serra são contra o ENEM ?
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Ano passado, com o vazamento na gráfica da Folha, o Serra, célere, tirou as universidades de São Paulo do ENEM – para acentuar o “fracasso” do Governo Lula.
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Qual é o problema deles com o ENEM ?
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O Governo Fernando Henrique instituiu o ENEM para copiar o SAT americano: o vestibular único em todo o país, para facilitar o acesso às universidades federais e o deslocamento de estudantes pelo país afora.
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O que tem a vantagem de baratear dramaticamente o sistema.
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Antes – como em São Paulo, hoje – cada “coronel” faz o seu vestibular e estimula a iniciativa privada – com os serviços do vestibular e os cursinhos o Di Gênio.
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De Fernando Henrique para cá, o ENEM cresceu 30 vezes !
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30 vezes, amigo navegante.
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Saiu de 157 mil inscritos em 98 para 4,6 milhões de hoje.
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É sempre assim.
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O Bolsa Família da D. Ruth atendia quatro famílias.
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O do Lula, que virou “Bolsa Esmola”, segundo Mônica Serra, a grande estadista chileno-paulista, atende 40 milhões.
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O que é o ENEM ?
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É o passaporte do pobre à universidade pública.
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É por isso que a Folha, o Estado e o Serra odeiam o ENNEM.
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Porque esse negócio de pobre estudar é um problema.
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Fica com mania de grandeza, de autonomia.
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Pensa que pode mandar no seu destino.
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E não acredita mais na fita adesiva do “perito” Molina.
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Isso é um perigo.
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Pobre é para ficar na senzala.
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50 universidades públicas federais aderiram ao ENEM.
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Isso significa que 47 mil vagas em universidades federais dependem do resultado do ENEM.
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Em 2004, um milhão de estudantes se inscreveu no ENEM.
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Aí, o Lula e o Ministro Haddad resolveram estabelecer o ENEM como critério para entrar no ProUni (para a elite branca – e separatista, no caso de São Paulo – não dizer que o ProUni é a “faculdade de pobre burro”).
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Sabe o que aconteceu, amigo navegante ?
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O ENEM passou de um ano para o outro de um milhão para 2,9 milhões de inscritos.
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Quanto pobre !
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Para o ano que vem, o ministro Haddad estabeleceu que o ENEM também será critério para receber financiamento do FIES.
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Vai ser outro horror !
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Mais pobre inscrito no ENEM para pagar a faculdade com financiamento público.
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Um horror !
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Tudo público.
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ENEM, faculdade, financiamento …
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“Público” quer dizer “de todos”.
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Amigo navegante, sabe qual foi o contingente nacional que mais cresceu entre os inscritos no ENEM ?
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Agora é que a elite branca – e separatista, no caso de São Paulo – vai se estrebuchar.
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Foi o Nordeste !
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Que horror !
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Já imaginou, amigo navegante ?
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Nordestino pobre com diploma de engenheiro ?
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Nordestina pobre com diploma de médica ?
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Vai faltar pedreiro.
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Empregada doméstica.
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Aí é que a elite branca – e separatista, no caso de São Paulo – vai se estrebuchar mesmo.
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Paulo Henrique Amorim

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