Durante dia, este e os demais “blogs sujos” – expressão com que o Sr. José Serra classifica a blogosfera pró-Dilma – evitaram publicar a matéria que corria solta na internet sobre o relato de um ex-aluna da Sra. Monica Serra que diz – secundada por outras colegas- que a mulher do candidato que faz campanha com fundamentalismo e acusações de “abortismo”a Dilma contou, ela própria, ter sido levada a praticar um aborto.
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Não publiquei e não vou publicar. Quem quiser lê-lo, vá ao Correio do Brasil, que divulgou o depoimento de Sheila Canevacci Ribeiro, na quarta-feira. Não acho que a experiência que certamente foi dolorosa ao casal Serra seja assunto que se reflita – em condições normais - na sua situação como candidato a Presidência da República.
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Em condições normais.
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Mas Serra retirou a normalidade do processo eleitoral. Contaminou-o com a inaceitável mistura entre religião e política de Estado, algo que o próprio Cristo rejeitou. E não o fez por princípios humanos ou sentimentos de fraternidade, mas pela mais abjeta exploração eleitoreira de posições de confissões religiosas.
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Agora, é o “limpíssimo” jornal Folha de S. Paulo – aliás, sem o devido crédito ao Correio do Brasil – quem estampa a história de Monica Serra, aquela que foi às ruas acusar Dilma de querer “matar as criancinhas”. Não está em sua edição eletrônica, mas foi reproduzida por portais como o Terra, e vai virar o assunto mais comentado de hoje e dos próximos dias.
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Serra não pode reclamar. Aliás, o “santinho” que mandou distribuir, fantasiando-se de líder religioso é a ilustração perfeita de sua hipocrisia.
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É, como no verso de Geraldo Vandré, a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar.
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Não servirá para retirar dele o apoio de quem, como ele, faz uso hipócrita da fé.
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Servirá, porém, para revelar o quanto de hipocrisia há nisso.
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A onda de imundície encharcou que quis fazer e fez uso dela. Serra atirou a primeira, a segunda, a terceira pedra. Não tem o direito de invocar sua intimidade como defesa.
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Peço desculpas aos leitores que discordarem da minha posição de não explorar este assunto. Não estou censurando, obviamente, a informação, que está disponível nos links que indiquei.Tenho pouco tempo de vida pública, mas este pouco tempo é suficiente para ter aprendido que, mesmo na guerra política, nunca se pode abandonar os princípios éticos, sob pena de que o cinismo e a hipocrisia que praticarmos vir, amanhã, a nos engolfar, como acontece agora com o Sr. José Serra.
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Agora, o paladino da fé, José Chirico Serra, está sujeito a ouvir em dobro tudo o que disse. Vai mandar prender sua própria mulher? Ou a si mesmo, por ter concordado?
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Que vergonha que o debate tenha sido levado, por ele próprio, para este caminho torpe. Mas que bom que as pessoas mais simples, que se deixavam, de boa-fé, iludir por isso vejam, desnuda, o caráter de um homem que lhes diz, para amealhar votos, qualquer coisa que lhe convenha.
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Postado no Blog Tijolço do Brizola Neto
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Não publiquei e não vou publicar. Quem quiser lê-lo, vá ao Correio do Brasil, que divulgou o depoimento de Sheila Canevacci Ribeiro, na quarta-feira. Não acho que a experiência que certamente foi dolorosa ao casal Serra seja assunto que se reflita – em condições normais - na sua situação como candidato a Presidência da República.
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Em condições normais.
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Mas Serra retirou a normalidade do processo eleitoral. Contaminou-o com a inaceitável mistura entre religião e política de Estado, algo que o próprio Cristo rejeitou. E não o fez por princípios humanos ou sentimentos de fraternidade, mas pela mais abjeta exploração eleitoreira de posições de confissões religiosas.
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Agora, é o “limpíssimo” jornal Folha de S. Paulo – aliás, sem o devido crédito ao Correio do Brasil – quem estampa a história de Monica Serra, aquela que foi às ruas acusar Dilma de querer “matar as criancinhas”. Não está em sua edição eletrônica, mas foi reproduzida por portais como o Terra, e vai virar o assunto mais comentado de hoje e dos próximos dias.
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Serra não pode reclamar. Aliás, o “santinho” que mandou distribuir, fantasiando-se de líder religioso é a ilustração perfeita de sua hipocrisia.
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É, como no verso de Geraldo Vandré, a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar.
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Não servirá para retirar dele o apoio de quem, como ele, faz uso hipócrita da fé.
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Servirá, porém, para revelar o quanto de hipocrisia há nisso.
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A onda de imundície encharcou que quis fazer e fez uso dela. Serra atirou a primeira, a segunda, a terceira pedra. Não tem o direito de invocar sua intimidade como defesa.
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Peço desculpas aos leitores que discordarem da minha posição de não explorar este assunto. Não estou censurando, obviamente, a informação, que está disponível nos links que indiquei.Tenho pouco tempo de vida pública, mas este pouco tempo é suficiente para ter aprendido que, mesmo na guerra política, nunca se pode abandonar os princípios éticos, sob pena de que o cinismo e a hipocrisia que praticarmos vir, amanhã, a nos engolfar, como acontece agora com o Sr. José Serra.
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Agora, o paladino da fé, José Chirico Serra, está sujeito a ouvir em dobro tudo o que disse. Vai mandar prender sua própria mulher? Ou a si mesmo, por ter concordado?
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Que vergonha que o debate tenha sido levado, por ele próprio, para este caminho torpe. Mas que bom que as pessoas mais simples, que se deixavam, de boa-fé, iludir por isso vejam, desnuda, o caráter de um homem que lhes diz, para amealhar votos, qualquer coisa que lhe convenha.
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Postado no Blog Tijolço do Brizola Neto
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